terça-feira, 27 de agosto de 2013

Universidades e a falta de Diálogo

Para elaboração do Orçamento do Estado 2014 uma circular da Direcção Geral do Orçamento (DGO) estabelece que as Universidades e Institutos politécnicos não poderão ultrapassar um determinado limite de receitas próprias. Estas receitas, para além de propinas pagas pelos alunos, abrangem financiamentos internacionais dirigidas a projectos de investigação. Acrescenta ainda que parte das receitas desta natureza realizadas no ano anterior serão cativadas.

O jornal Publico de hoje escreve que para o Ministério da Educação está questão é “inegociável”.

Ora, as Universidades Públicas têm sido, desde a sua existência, instituições de excelência em todas as Áreas (i.e. Artes, Ciências, Letras, Tecnologias). A presença nos rankings internacionais, em lugares de destaque, tem igualmente sido constante ao longo do tempo. A excelência alcançada, a produção de conhecimento e a formação não têm sido afectadas pelos últimos cortes orçamentais.

A falta de diálogo do governo na tomada desta e de outras medidas é prejudicial ao funcionamento das instituições, leia-se, de todas as instituições. O sucesso das nossas universidades deve-se em parte ao debate e à troca de ideias. Nos dias de hoje estas instituições estão totalmente ligadas com as Cidades. Deixaram de estar voltadas para dentro. Uma lição de diálogo dá o Ensino Superior ao Executivo.

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