1. Os derrotados são: o PSD, Luis Filipe Menezes e o Bloco de Esquerda. O Principal partido do Governo não ganha nenhuma das cinco câmaras mais importantes (i.e. Lisboa, Porto, Gaia, Sintra e Oeiras). Um valente cartão amarelo às políticas que têm sido adoptada a nível Nacional.
Luis Filipe Menezes perde brutalmente o Porto sem nada acrescentar ao Concelho e a sua sucessão em Gaia ofereceu mais uma derrota ao Partido.
Por ultimo o Bloco de Esquerda, perde o que tinha, Salvaterra de Magos e não ganha mais nenhum posto.
2. Os vencedores são: o PS, a CDU, Rui Moreira e António Costa. Inevitavelmente o PS ganha claramente estas eleições. 150 câmaras municipais "pintam-se" de cor-de-rosa é o maior resultado de sempre para um partido numas eleições autárquicas.
A CDU resgata o Alentejo e abraça votos de protesto de alguns eleitores, matem-se coerente consigo mesma e fiel aos seus ideais.
Rui Moreira, ganha a Camara do Porto, espelha a fragilidade dos Partidos políticos e mostra que o Porto é o município mais bairrista do País.
Em Lisboa, António Costa ganha a Camara com o forte contributo do PS mas a maioria alcançada é, claramente, fruto do trabalho desenvolvido.
3. Os discursos. Manuel Pizarro profere o melhor discurso da noite, democrático, coerente, fiel aos eleitores e aparentemente honesto.
O Bloco de Esquerda, não soube perder e aponta o dedo à não cobertura por parte dos media à campanha eleitoral. Não saber perder fica mal à esquerda que se diz romântica.
Uma nota para o CDS. Ganha cinco autarquias, mantendo uma, Ponte de Lima. As outras são: Velas, Santana, Albergaria e Vale de Cambra. Paulo Portas inumerou-as salientando que em 2009 só Ponte de Lima figurava no mapa. Mas claro, não sublinhou com a mesma veemência a derrotas das coligações com o irrevogável Parceiro.
Termino com o seguinte comentário, não consigo compreender o que Menezes, Moita Flores e Fernando Seara poderiam trazer de positivo aos concelhos a que se apresentavam como candidatos. Amanhã teremos a esperada entrevista de Rui Rio à SIC.