quinta-feira, 5 de novembro de 2009

De que lado está a intolerância?

O Tribunal Europeu dos Direitos Humanos ordenou a retirada de todos os crucifixos nas salas de aula das escolas públicas italianas.
Não sendo descabido que em locais públicos frequentados por diferentes tipos de pessoas, com culturas diferentes e sensibilidades diferentes, não deva haver sinais de intolerância e de afronta directa contra uma determinada cultura, nisto o Tribunal Europeu tem toda a razão. Principalmente quando a cultura e sensibilidade dominante é imposta, de uma forma autoritária, às pessoas que pensam e vivem de maneira diferente.
Mas pergunto-me, é isso que está a acontecer nas escolas italianas e de toda a europa? A presença dos crucifixos nas paredes corresponde a uma verdadeira intolerância que agride aqueles que pensam de maneira diferente?
Pergunto-me também, será a cultura à qual pertence o crucifixo a actualmente dominante na Europa e da qual se podem esperar os maiores perigos e manifestações de intolerância religiosa?
Pois não só a cultura cristã não é a cultura com mais influência nos legisladores e nas instituições europeias, como tem sido aquela que mais direitos tem perido e mais tem sido atacada na sua natureza.
Por isso não atirem areia para os olhos... a cultura cristã não age neste momento, nem na história recente da Europa, com a intolerância que alguns sectores da sociedade lhe querem atribuir. Ao invés, a Igreja Católica tem agido muitas vezes como parceiro, seja de forma política, cultural ou religiosa, para a promoção da paz, da unidade e da amizade entre os povos.
Se tem havido intolerância é por parte daqueles que querem eliminar de todos os locais públicos os sinais de religiosaidade ainda existentes. Essa intolerância manifesta-se até ao ponto de empurrar para a esfera estritamente privada (em casa e às escondidas) a prática religiosa.
A garantia da liberdade religiosa na Europa é urgente para que tenhamos uma Europa realmente tolerante, que respeita todas as suas culturas e sensibilidades, e que atinja um nível de desenvolvimento cultural tal que não seja necessário perseguir pessoas que acreditam num Deus seja ele qual fôr.
Ou será que as razões que estão por de trás destas tentativas lefgislativas são elas mesmas formas de intolerância religiosa e de imposição cultural por aqueles que professam a não existência de Deus?

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